A empresa estatal China Communications Construction Company Limited (CCCC) construirá uma usina de energia solar fotovoltaica com capacidade de 67,3 megawatts na Nicarágua, informou, nesta segunda-feira (29), o governo do país centro-americano.
O projeto de energia solar será implementado com um empréstimo chinês de 80 milhões de dólares (pouco mais de R$ 400 milhões), indicou a vice-presidente Rosario Murillo à mídia oficial.
Em visita à China, funcionários do Ministério de Minas e Energia e de Ministério da Fazenda e Crédito Público nicaraguenses "vão realizar as negociações finais para que hoje à noite seja realizada a cerimônia de assinatura dos documentos, acordos, contratos e do projeto que começa no último trimestre deste ano", disse Murillo, esposa do presidente Daniel Ortega.
O projeto, fornecimento e construção da central de geração fotovoltaica serão desenvolvidos em "El Hato", em Ciudad Darío, departamento norte de Matagalpa, acrescentou.
Em dezembro, China e Nicarágua concordaram em elevar suas relações ao nível de "associação estratégica", depois de uma conversa telefônica entre o presidente chinês Xi Jinping e Ortega.
Nicarágua e China implementaram em janeiro um tratado de livre-comércio.
Em 2021, Manágua rompeu relações com Taiwan, que Pequim considera uma província rebelde que pretende recuperar, inclusive através da força se necessário, e as restabeleceu com a China continental.
Desde então, a segunda maior economia mundial tem apoiado o governo nicaraguense, que enfrenta sanções e a condenação de Estados Unidos e países europeus após os protestos de 2018 contra Ortega, que deixaram mais de 300 mortos segundo a ONU.
Os dois governos concordaram que, como parte de sua associação estratégica, reforçarão "as trocas e a cooperação" também em segurança e tecnologia.
Além disso, governo e empresas chinesas vão participar da construção de habitações populares, projetos de infraestrutura viária, aeroportuária, ferroviária e energética.
* AFP