O presidente do Quênia, William Ruto, revelou nesta quarta-feira (13) que assegurou aos Estados Unidos que seu país enviaria uma missão policial internacional ao Haiti assim que um conselho presidencial de transição for instalado na ilha caribenha assolada pela violência.
Nesta terça-feira, o Quênia suspendeu o envio de policiais ao Haiti, previsto no âmbito de uma missão internacional apoiada pela ONU, um dia depois da renúncia do primeiro-ministro haitiano, Ariel Henry.
Imediatamente depois deste anúncio, os Estados Unidos afirmaram que não viam a necessidade de adiamento da missão.
Ruto indicou hoje que manteve uma conversa com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, sobre os últimos acontecimentos no Haiti e destacou a disposição do país africano para manter sua missão de pé.
Blinken "me informou que um novo conselho presidencial será formado em breve para gerir a situação no Haiti", afirmou o mandatário queniano nas redes sociais.
"Garanti ao secretário Blinken que o Quênia assumirá a liderança [da missão policial] tão logo se estabeleça o conselho presidencial segundo o processo acordado", acrescentou.
Partidos políticos e personalidades do Haiti negociam a composição do conselho presidencial de transição que substituirá o governo Henry e tentará impor alguma estabilidade no país devastado pela violência das facções criminosas.
No fim de fevereiro, cinco países confirmaram participação na futura missão liderada pelo Quênia e apoiada pela ONU para reforçar a segurança no Haiti.
Trata-se de Benin, que se comprometeu a enviar "pelo menos 1.500 uniformizados", assim como Bahamas, Bangladesh, Barbados e Chade.
* AFP