O presidente do Senegal, Macky Sall, se comprometeu nesta sexta-feira (16) a organizar "o mais breve possível" as eleições presidenciais no país depois que o Conselho Constitucional anulou sua decisão de adiá-las para dezembro.
As eleições para decidir o sucessor de Sall deveriam acontecer em 25 de fevereiro. Mas o Parlamento, a pedido do presidente, as adiou para 15 de dezembro, provocando uma grave crise política e protestos que deixaram três mortos neste país habitualmente estável da África Ocidental.
Na quinta-feira, o órgão constitucional invalidou o adiamento da eleição presidencial e, embora reconhecesse que não havia possibilidade de organizá-la na data prevista inicialmente, pediu que fosse realizada "o mais breve possível".
Em um comunicado, o escritório presidencial assegurou nesta sexta-feira que Sall "pretende fazer com que a decisão do Conselho Constitucional seja executada plenamente" e "realizará sem demora as consultas necessárias para a organização da eleição presidencial o mais breve possível".
No início de fevereiro, o presidente anunciou o adiamento das eleições alegando uma disputa entre a Assembleia Nacional e o Conselho Constitucional em relação à impugnação de candidatos.
A oposição classificou a manobra de "golpe constitucional" e os parceiros internacionais de Dacar pressionaram Sall para cumprir com o calendário previsto.
* AFP