O vazamento de petróleo de um navio virado nas costas de Trinidad e Tobago "não está sob controle", anunciou neste domingo (11) o primeiro-ministro do país, Keith Rowley, ao oficializar o estado de emergência nacional.
Rowley declarou "emergência nacional" em resposta ao desastre, que se espalhou por cerca de 15 km da costa de Tobago, uma das duas ilhas que compõem esta nação petrolífera de 1,4 milhão de habitantes.
— A limpeza e restauração só podem começar assim que tivermos a situação sob controle, neste momento a situação não está sob controle — admitiu Rowley em uma coletiva de imprensa.
Centenas de voluntários trabalharam desde quinta-feira para conter o avanço da mancha espessa que, além de prejudicar o delicado ecossistema marinho, está causando prejuízos ao turismo, uma fonte vital de renda para o país. Rowley fez um apelo para que mais pessoas ajudem nesses esforços.
A origem do navio Gulfstream, de bandeira não identificada e cuja tripulação não fez chamadas de emergência, não foi encontrada e continua sendo um mistério.
— Ainda não conseguimos identificar o navio pelo nome, pode haver algumas características de identificação [...] mesmo com o uso de veículos operados remotamente, não conseguimos identificar um número de registro — disse Farley Augustine, secretário-chefe da Câmara da Assembleia de Tobago (THA), que acompanhou Rowley na coletiva de imprensa.
A Agência de Gerenciamento de Emergências de Tobago (Tema) relatou que não houve sinais de vida no Gulfstream, cuja carga inicialmente se acreditava ser composta por areia e madeira. O navio, que virou nas costas do Parque Ecoindustrial Cove, no sul de Tobago, estava sendo arrastado pelas correntes em direção à costa.
A agência de gestão ambiental identificou danos no recife e nas praias da costa atlântica, às vésperas do feriado de carnaval, crucial para esta ilha irmã de Trinidad, que depende do turismo.
Muitos resorts e hotéis em Tobago, como o estatal Magdalena Grand, foram afetados.