As preocupações sobre a idade e a memória do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, intensificaram-se nesta quinta-feira após a divulgação de um relatório de um conselheiro especial que investigava a sua posse de documentos confidenciais.
O relatório descreveu a memória do democrata de 81 anos como "turva", "confusa", "defeituosa", "ruim" e com "limitações significativas". Observou ainda que Biden não se lembrava de ter marcos definitivos em sua própria vida.
"Ele não se lembrava de quando era vice-presidente, esquecendo no primeiro dia da entrevista quando terminou o mandato ('se fosse 2013 - quando deixei de ser vice-presidente?'), e esquecendo no segundo dia da entrevista quando seu mandato começou ('em 2009, ainda era vice-presidente?')", afirmou o relatório. "Ele não se lembrava, mesmo dentro de vários anos, de quando seu filho Beau morreu."
A Casa Branca rebateu as caracterizações sobre memória de Biden em uma carta de 5 de fevereiro dos advogados do presidente, publicada no relatório do procurador especial Robert Hur. A carta argumenta que a "incapacidade de Biden de recordar datas ou detalhes de eventos que aconteceram anos atrás não é surpreendente nem incomum", especialmente sobre quando certos documentos foram embalados ou movidos.
"Não acreditamos que o tratamento dado pelo relatório à memória do presidente Biden seja preciso ou apropriado", dizia a carta. "O relatório utiliza uma linguagem altamente prejudicial para descrever uma ocorrência comum entre as testemunhas: a falta de recordação de acontecimentos ocorridos há anos. Tais comentários não têm lugar num relatório do Departamento de Justiça.".