Um terremoto de magnitude 7,0 na escala Richter abalou a fronteira entre a China e o Quirguistão nesta terça-feira (23), deixando pelo menos 20 mortos. Há outras 24 desaparecidas.
As autoridades enviaram uma equipe ao local do epicentro e cerca de 800 pessoas estavam prontas para realizar esforços de resgate, informou a agência de notícias estatal Xinhua.
O sismo, com uma profundidade de 13 km, teve o seu epicentro na região chinesa de Xinjiang, a 140 km da cidade de Aksu, segundo dados revistos.
Duas casas residenciais e galpões de gado desabaram na área próxima ao epicentro, no condado rural de Wushi, que ficou sem energia, segundo a Xinhua.
Três pessoas ficaram feridas e hospitalizadas em um condado vizinho, segundo a mídia estatal.
Imagens divulgadas nas redes sociais chinesas mostraram aparelhos caindo no chão enquanto o terremoto sacudia casas.
Em outras imagens divulgadas pela televisão estatal CCTV, bombeiros são vistos entrando em um prédio com paredes rachadas onde a polícia atende um ferido.
A televisão de Nova Deli também reportou fortes tremores naquela cidade indiana, localizada a cerca de 1.400 km de distância.
Um morador de Aksu disse à Xinhua que as pessoas saíram correndo de suas casas no meio do tremor, apesar da temperatura matinal gelada de -10 graus Celsius.
Réplicas
Cao Yanglong, que estava em Aksu em viagem de negócios, disse à Xinhua que em seu quarto no 21º andar de um hotel ele sentiu como se estivesse “sendo sacudido” para fora da cama.
Após o primeiro abalo em Xinjiang, vários outros sismos foram registados na área, com magnitudes entre 5,0 e 5,5.
Em Almaty, a maior cidade do Cazaquistão, os cidadãos também saíram às ruas após o terramoto, segundo imagens divulgadas nos meios de comunicação social e nas redes sociais. As autoridades não relataram vítimas ou danos graves.
Em Bishkek, capital do vizinho Quirguizistão, o terramoto abalou as paredes e as pessoas fugiram das suas casas para se refugiarem nas ruas, segundo um jornalista da AFP.
Bohobek Ashikeev, do Ministério de Situações de Emergência do Quirguistão, disse em uma mensagem de vídeo que "nenhuma vítima ou dano foi relatado na cidade de Bishkek".
Este terramoto ocorre um dia depois de um deslizamento de terra ter soterrado dezenas de pessoas e causado pelo menos oito mortos no sudoeste da China.
Em dezembro, um terremoto no noroeste do país causou 148 mortes e deslocou milhares de pessoas na província de Gansu.
Foi o terremoto mais mortal registado na China desde 2014, quando mais de 600 pessoas perderam a vida na província de Yunnan, no sudoeste do país.
No choque de Dezembro, as temperaturas abaixo de zero tornaram a operação de resgate ainda mais difícil.