O papa Francisco visitará Papua Nova Guiné em agosto, informou o ministro das Relações Exteriores desse país da Oceania, Justin Tkatchenko, nesta quinta-feira (25).
O chanceler indicou que o governo recebeu uma "nota oficial de que o papa Francisco chegará à Papua Nova Guiné em agosto" para uma visita de três dias.
"Estamos trabalhando em estreita colaboração com o escritório do núncio apostólico", acrescentou. "Foi formada uma equipe que vai se reunir (...) para atender todos os aspectos da visita", completou.
O anúncio foi feito duas semanas depois de a capital desse país do Pacífico ter enfrentado tumultos mortais provocados por uma greve de policiais.
O pontífice argentino, de 87 anos, deverá visitar a capital e uma das duas cidades costeiras do norte do país.
Na Papua Nova Guiné, existem mais de nove milhões de cristãos - quase a totalidade de sua população -, embora a maioria seja protestante e mantenha muitas crenças espirituais ou animistas tradicionais.
Francisco já havia agendado uma visita para 2020, que acabou sendo cancelada, devido à pandemia da covid-19. A última visita papal foi a de João Paulo II em 1995.
Uma fonte do Vaticano afirmou que o papa Francisco também poderá viajar para o Timor Leste e para a Indonésia em agosto, outros dois países que deveria visitar em 2020. Nada foi confirmado oficialmente.
O pontífice recebeu o presidente timorense, José Ramos-Horta, na segunda-feira no Vaticano, onde conversaram sobre a situação social e econômica do país e o impacto da mudança climática na região.
A notícia da visita à Papua Nova Guiné representa um importante impulso para o primeiro-ministro James Marape, questionado após os distúrbios que deixaram pelo menos 25 mortos.
Os tumultos eclodiram depois que os policiais entraram em greve, como parte de um protesto por aumento salarial. Multidões furiosas incendiaram carros, saquearam lojas e queimaram edifícios.
Desde sua nomeação em 2013, o papa Francisco fez 44 viagens ao exterior. Para 2024, anunciou uma viagem à Bélgica e um projeto de visita à Argentina.
* AFP