Um comando de militares à paisana matou três palestinos em um hospital de Jenin, norte da Cisjordânia ocupada, anunciou o Ministério palestino da Saúde. Israel assumiu a ação e afirmou em comunicado que os três eram terroristas do Hamas.
O grupo extremista confirmou que os três homens — incluindo um dos líderes das brigadas Al-Qassam, braço armado do Hamas — eram membros do grupo, chamando a operação de “um assassinato covarde”.
A agência palestina de notícias Wafa identificou os homens como Muhammad Jalamnah, Muhammad Ayman Ghazawi e Basel Ayman Ghazawi.
Segundo declarou à AFP o diretor do centro médico, Naji Nazzal, "um grupo de soldados israelenses vestidos à paisana" entrou no hospital e atirou nos três homens utilizando armas de fogo com silenciadores.
— A operação foi realizada na ala de reabilitação do hospital, onde Basel Ghazawi recebia tratamento desde 25 de outubro — afirmou o diretor, acrescentando que o homem estava paraplégico.
As Forças Armadas de Israel afirmaram que os terroristas usavam o hospital como esconderijo e para preparar operações. Segundo o Exército israelense, "Jalamnah planejava executar um ataque terrorista em breve". A nota afirma que Jalamnah era conhecido por distribuir armas e munições para os tiroteios. Ele estaria armado com uma pistola — mas não houve menção a troca de tiros.
Os militares israelenses que participaram da ação disseram ter encontrado túneis subterrâneos nas proximidades de hospitais e afirmaram ter apreendido armas e veículos usados em ataque no dia 7 de outubro nas dependências do hospital.
O Ministério da Saúde palestino condenou o ataque e apelou à comunidade internacional para pressionar os militares israelenses a suspenderem tais operações nos hospitais.