Ao menos 21 pessoas morreram na República Dominicana devido às fortes chuvas registradas no país nas últimas 48 horas, que levaram à decretação de alerta em quase todas as províncias do país, informaram as autoridades locais neste domingo (19).
Três dos mortos em diferentes incidentes eram menores de idade, segundo lista divulgada pelo Centro de Operações de Emergência (COE). Quatro das vítimas fatais tinham nacionalidade americana e três, haitiana.
O maior número de mortos, nove, foi reportado no desabamento de um muro que caiu sobre vários veículos que circulavam por uma importante avenida da capital, Santo Domingo, segundo um balanço do COE.
Vários carros que percorriam a Avenida 27 de Fevereiro, uma das principais vias da cidade, foram esmagados no sábado quando o muro desabou.
"Este acontecimento, que custou a vida de nove pessoas, nos leva a tomar a decisão de instruir uma investigação exaustiva que deverá determinar, inequivocamente, as causas de incidente tão lamentável", informou, em nota, o Ministério de Obras Públicas.
A água "se infiltrou no subsolo encharcado" e as bases do muro de cimento cederam, explicou o ministério.
O governo mantém em alerta 30 das 32 províncias do país caribenho, 14 delas em alerta vermelho.
- Recorde de chuvas -
Outras nove pessoas morreram em incidentes diferentes em Santo Domingo devido a inundações e à queda da parede de uma casa.
Um homem morreu arrastado pelas águas na província de San José de Ocoa (sul), enquanto duas mortes foram registradas em circunstâncias similares na província de La Altagracia (leste).
O Centro de Operações de Emergência informou que cerca de 13.000 pessoas foram retiradas de áreas de risco.
O presidente dominicano, Luis Abinader, disse neste domingo, durante coletiva de imprensa, que este é o "evento de maior precipitação pluvial já ocorrido na República Dominicana".
Abinader anunciou, juntamente com seu gabinete, que as aulas serão suspensas até a quarta-feira "a fim de avaliar as escolas que possam ter sido afetadas" e "garantir a segurança dos nossos meninos, meninas e jovens".
* AFP