A cúpula extraordinária do grupo Brics pediu, nesta terça-feira (21), "uma trégua humanitária imediata e duradoura que leve ao fim das hostilidades" em Gaza, em um resumo da reunião virtual divulgado pela Presidência sul-africana.
"Reiteramos nosso firme apoio aos esforços regionais e internacionais, visando a alcançar o fim imediato das hostilidades, a proteção dos civis e a prestação de ajuda humanitária", acrescenta o texto.
A África do Sul anunciou na segunda-feira esta reunião extraordinária do Brics (China, Brasil, Rússia, Índia e África do Sul), grupo que defende um maior equilíbrio mundial, menos influenciado por Estados Unidos e União Europeia.
Nesta terça-feira, em declarações antes da cúpula, o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, acusou Israel de cometer "crimes de guerra" e "genocídio" em Gaza, indicou seu gabinete.
"O castigo coletivo de Israel aos civis palestinos mediante o uso ilegal da força é um crime de guerra", declarou Ramaphosa.
"A negativa deliberada de prover medicamentos, combustível, comida e água aos habitantes de Gaza equivale a um genocídio", afirmou.
O presidente chinês, Xi Jinping, instou a um cessar-fogo "imediato" e a "liberar os detidos civis" no conflito entre Israel e Hamas.
"Todas as partes do conflito devem interromper imediatamente o fogo e as hostilidades, encerrar toda a violência e os ataques contra civis, e liberar os detidos civis para evitar novas perdas de vidas humanas e novos sofrimentos", disse Xi no encontro, segundo declarações divulgadas pela agência estatal de notícias Xinhua.
* AFP