O Brasil foi convidado a aderir à OPEP+, composta pelos 13 membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP, com a Arábia Saudita à frente) e dez países associados liderados pela Rússia, informaram duas fontes próximas da aliança nesta quinta-feira (30).
O Brasil deve "aderir à OPEP+ em janeiro de 2024", disseram à AFP os participantes na reunião ministerial do cartel e seus associados, que devem determinar suas quotas de produção de petróleo em 2024.
O Brasil está entre os dez maiores países produtores de petróleo e é o maior produtor da América Latina desde 2016.
A sua produção de petróleo atingiu um recorde de 3,7 milhões de barris por dia em setembro, um aumento de quase 17% em relação ao mesmo mês do ano anterior e de 6,1% em relação a agosto, segundo a agência de referência de preços Argus Media.
"A reunião deu as boas-vindas a Alexandre Silveira de Oliveira, Ministro de Minas e Energia da República Federativa do Brasil, que integrará a OPEP+ (...) a partir de janeiro de 2024", confirmou a OPEP em comunicado de imprensa.
Os ministros da OPEP e dos países associados reuniram-se nesta quinta-feira para responder à queda dos preços do petróleo.
A Arábia Saudita decidiu prorrogar o corte de produção de um milhão de barris diários de petróleo até março, segundo um comunicado.
Além da Arábia Saudita, são membros da OPEP Venezuela, Emirados Árabes Unidos, Nigéria, Líbia, Kuwait, Iraque, Irã, Gabão, Guiné Equatorial, República do Congo, Angola e Argélia.
Os membros da OPEP+, que nasceu em 2016, são Rússia, Cazaquistão, Azerbaijão, Malásia, México, Bahrein, Brunei, Omã, Sudão e Sudão do Sul.
Desde o final de 2022, a estratégia da aliança tem sido reduzir a sua produção em cerca de cinco milhões de barris por dia, sob iniciativa da Arábia Saudita.
* AFP