A presidente da Eslováquia nomeou, nesta quarta-feira (25), um novo governo liderado pelo nacionalista Robert Fico, cujo partido Smer-SD foi o mais votado nas eleições, em coalizão com um partido de extrema direita pró-Rússia.
Segundo analistas, o novo governo poderia mudar radicalmente a política externa deste país da Europa central e virar as costas à Ucrânia.
"Veremos uma política externa eslovaca soberana", declarou Fico na cerimônia, depois de ter feito campanha com a promessa de acabar com a ajuda à Ucrânia e apelado a melhores relações com a Rússia.
De acordo com a Constituição da Eslováquia, cabe à presidente, Zuzana Caputova, nomear o primeiro-ministro, depois de as eleições de setembro terem encarregado Fico, que já ocupou o cargo duas vezes, a formar governo.
A Eslováquia, membro da União Europeia (UE) e da Otan, tem sido um dos países europeus que mais forneceu ajuda à Ucrânia, em proporção com o seu PIB.
Após a vitória, Fico garantiu que a Eslováquia tem "problemas maiores" do que a Ucrânia e prometeu que o seu partido fará tudo o possível para organizar negociações de paz para acabar com o conflito, que começou em fevereiro de 2022 com uma invasão russa.
A coalizão governamental composta pelo Smer-SD, pela formação Hlas-SD e pelo partido de extrema direita SNS obterá 79 das 150 cadeiras.
O presidente do SNS, Andrej Danko, declarou em julho que os territórios ocupados pela Rússia não eram "historicamente ucranianos".
* AFP