Pelo menos 5.000 pessoas protestaram nas ruas de Amã, nesta sexta-feira (27), para pedir a anulação do tratado de paz entre Jordânia e Israel, denunciando os bombardeios cometidos pelo Exército israelense contra a Faixa de Gaza.
A manifestação começou em frente à Grande Mesquita Husseini, no coração da capital jordaniana, diante de um grande dispositivo policial, observaram jornalistas da AFP.
"Não ao acordo de Wadi Araba (o tratado de paz jordaniano-israelense assinado em 1994. Não às bases americanas", dizia um cartaz.
"A resistência é o caminho da libertação", dizia outro, em meio a um grande número de bandeiras palestinas e jordanianas.
"Wadi Araba não é paz, Wadi Araba é rendição", gritavam os manifestantes.
Alguns seguravam retratos do presidente americano, Joe Biden, e do presidente francês, Emmanuel Macron, ao lado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acompanhados do lema "Parceiros no Crime".
Em Zarqa, a cerca de 20 quilômetros de Amã, em torno de 2.000 pessoas participaram de uma manifestação, e outras centenas saíram às ruas em Mafraq, Tafila e Áqaba.
Os jordanianos têm-se mobilizado em apoio aos palestinos em Gaza quase diariamente desde 7 de outubro, início da guerra deflagrada após o ataque do movimento islâmico Hamas contra Israel.
Segundo as autoridades israelenses, cerca de 1.400 pessoas, a maioria civis, morreram em Israel desde o ataque do Hamas, o mais sangrento desde a criação do Estado em 1948.
Em represália, Israel anunciou que destruiria o Hamas e iniciou incessantes bombardeios na Faixa de Gaza. De acordo com o Hamas, mais de 7.300 pessoas, a maioria delas civis e incluindo mais de 3.000 crianças, morreram por esses bombardeios sobre o território palestino.
* AFP