O ministro da Educação polonês anunciou nesta terça-feira (26) que solicitou uma investigação para estudar se o veterano de guerra ucraniano com passado nazista homenageado no Parlamento canadense cometeu crimes na Polônia e se poderia ser extraditado.
"Tendo em vista os acontecimentos escandalosos no Parlamento canadense, onde um membro da formação criminosa nazista SS Galizien foi homenageado na presença do presidente Zelensky, tomei medidas visando a uma eventual extradição desse homem para a Polônia", publicou Przemyslaw Czarnek na rede social X, antigo Twitter.
Em carta divulgada na mesma plataforma, o ministro pediu ao presidente do Instituto da Memória Nacional (IPN), responsável por investigar os crimes nazistas e comunistas, que "verifique com urgência nos documentos se Yaroslav Hunka não é procurado por crimes contra o povo polonês e poloneses de origem judaica. As características desses crimes constituem bases para pedir a sua extradição."
Durante a visita de Volodimir Zelensky a Ottawa, na sexta-feira, o presidente do parlamento canadense, Anthony Rota, homenageou Hunka, 98, acusado de ter lutado ao lado dos nazistas.
Segundo a associação canadense de defesa da comunidade judaica Friends of Simon Wiesenthal, Hunka serviu na 14ª Divisão de Granadeiros das Waffen-SS, unidade militar dos nazistas cujos crimes contra a humanidade durante o Holocausto estão bem documentados.
* AFP