O ex-vice-primeiro-ministro Tharman Shanmugaratnam foi eleito presidente de Singapura nesta sexta-feira (1º), de acordo com resultados oficiais.
Esta é a primeira votação em mais de uma década para eleger presidente, um cargo principalmente honorário.
O órgão eleitoral declarou o economista de 66 anos vencedor frente a seus dois concorrentes, ao obter 70,4% dos votos expressos.
"Declaro o sr. Tharman Shanmugaratnam como o candidato devidamente eleito para presidente de Singapura", disse o oficial de registro eleitoral Tan Meng Dui.
Shanmugaratnam substituirá a atual presidente, Halimah Yacob.
"Acho que é um voto de confiança em Singapura. É um voto de otimismo para um futuro, em que possamos progredir juntos", declarou Shanmugaratnam, em um discurso antes do anúncio dos resultados.
Nas últimas eleições de 2017, a presidente em final de mandato saiu vitoriosa, sem oposição, para um mandato de seis anos.
O governo da Cidade-Estado é liderado pelo primeiro-ministro Lee Hsien Loong, do Partido da Ação Popular (PAP), no poder desde 1959.
Tharman Shanmugaratnam, um ex-ministro das finanças que se demitiu do cargo antes de apresentar sua candidatura, foi durante anos uma figura importante do PAP.
Os observadores viam a votação desta sexta-feira como um indicador do apoio a este partido, antes das eleições gerais marcadas para 2025. E também como um termômetro da insatisfação causada por diversos escândalos, incluindo um caso de corrupção envolvendo o ministro dos Transportes e as renúncias de dois legisladores, devido a um caso amoroso.
O presidente exerce a supervisão formal das reservas financeiras da Cidade-Estado e tem o poder de vetar determinadas medidas, assim como de aprovar investigações anticorrupção.
Os outros candidatos na disputa eram o ex-executivo de seguros Tan Kin Lian, de 75 anos, e Ng Kok Song, também de 75 anos e ex-chefe do escritório de investimentos do fundo soberano de Singapura, GIC.
Os escândalos que atingiram o PAP, recentemente, são uma raridade em uma cidade que usou sua reputação de bom governo para se tornar um centro internacional para indústrias, como os setores de finanças e aviação.
* AFP