A ofensiva do Azerbaijão em Nagorno-Karabakh terminará se os separatistas armênios "entregarem as armas", declarou o presidente do país, Ilham Aliyev, em uma conversa telefônica com o secretário de Estado americano, Antony Blinken.
"O chefe de Estado disse que as medidas antiterroristas serão interrompidas se (os separatistas armênios) entregarem as armas", afirmou a presidência do país em um comunicado publicado nesta quarta-feira (20). A conversa com Blinken aconteceu na terça-feira.
"A população civil e as infraestruturas não são alvos. São destruídos apenas os alvos militares legítimos", acrescenta a nota.
A presidência do Azerbaijão afirmou que convidou representantes dos armênios que vivem em Nagorno-Karabakh diversas vezes ao diálogo, para "discutir a questão da reintegração" ao país, mas "eles se negaram".
Baku iniciou na terça-feira uma operação militar em Nagorno-Karabakh, um enclave separatista de maioria armênia em seu território, três anos após um conflito nesta área montanhosa do Cáucaso que está em disputa há três décadas.
O Azerbaijão afirmou que a ofensiva foi provocada pelas mortes de quatro policiais e dois civis azerbaijanos nas explosões de minas na área de construção de um túnel, entre Shusha e Fizuli, duas cidades de Nagorno-Karabakh sob seu controle.
Os combates deixaram pelo menos 32 mortos, incluindo dois civis, e mais de 200 feridos no lado armênio. Dois civis morreram do lado do Azerbaijão.
O conflito anterior, em 2020, terminou com uma derrota militar da Armênia, que foi obrigada a ceder territórios em Nagorno-Karabakh e em suas imediações ao Azerbaijão.
* AFP