A enfermeira Lucy Letby, 33 anos, condenada pelo assassinato de sete bebês e pela tentativa de matar outros seis enquanto trabalhava na UTI neonatal de um hospital da Inglaterra, foi sentenciada à prisão perpétua nesta segunda-feira (21). Com isso, a serial killer será uma das três únicas mulheres vivas cumprindo a pena máxima de detenção no Reino Unido.
Lucy recebeu a sentença no tribunal da coroa de Manchester. O juiz do caso relatou que os crimes cometidos pela enfermeira foram uma a “campanha cruel, calculada e cínica de assassinato de crianças envolvendo menores e vulneráveis”. Além disso, concluiu-se que houve uma "maldade profunda que beirava o sadismo" nas ações da mulher, que sabia o sofrimento que estava causando para os recém-nascidos e suas famílias.
De acordo com o jornal The Guardian, ela injetava insulina e ar em bebês que estavam na UTI neonatal do hospital Condessa de Chester, no noroeste do país. Conforme a promotoria, a mulher também dava, à força, leite em excesso para os recém-nascidos e chegou a agredir fisicamente alguns deles. Os crimes ocorreram entre 2015 e 2016 e Letby foi presa em 2018.
O julgamento, que se estendeu por 10 meses, foi concluído nesta segunda-feira com a sentença de Lucy, que deve passar o resto da vida presa. O Guardian diz que ainda há detetives buscando outras possíveis vítimas, analisando mais de 4 mil registros de bebês nascidos nos dois hospitais em que a enfermeira trabalhou entre 2010 e 2016.
Outros casos de prisão perpétua no Reino Unido
Antes de Lucy Letby, o último caso de condenação de uma mulher à prisão perpétua no Reino Unido ocorreu em 2013: Joanna Dennehy foi sentenciada por assassinar três homens em Peterborough, no leste da Inglaterra.
A outra mulher ainda viva cumprindo a pena máxima é Rose West. Entre 1967 e 1987 ela participou da tortura e morte de pelo menos 10 mulheres, incluindo filha e enteada dela.