Uma preocupante onda de calor se estendeu, na segunda-feira (10), pelo sul da Califórnia, nos Estados Unidos, enquanto os recordes de temperatura não dão trégua em todo o país.
O Serviço Meteorológico Nacional (NWS, na sigla em inglês) emitiu alertas de calor excessivo para as regiões do sul e central da Califórnia, com temperaturas que podem alcançar os 44,4ºC em algumas partes do condado de Los Angeles a partir desta terça-feira (11).
"Planeje-se com antecedência para que possa se manter a salvo do calor! Certifique-se de que seus animais tenham acesso à sombra e água! Nunca deixe as crianças nem os animais de estimação em um automóvel estacionado!", aconselhou o NWS no Twitter.
O fenômeno ocorre depois de os recordes mundiais de temperatura serem rompidos na semana passada, segundo dados preliminares.
Em 6 de julho, a temperatura média da superfície do planeta chegou a 17,23ºC — um dado não oficial, de acordo com a ferramenta Climate Reanalyzer, da Universidade do Maine (EUA), que utiliza uma combinação de observações e modelos computadorizados.
De acordo com anúncio da Organização Meteorológica Mundial (OMM) na segunda-feira (10), a primeira semana de julho foi a mais quente registrada até agora.
Os cientistas climáticos têm alertado sobre o impacto do aquecimento global causado pelo ser humano e advertiram que 2023 está a caminho de se tornar o ano mais quente desde que os registros começaram.
No estado do Texas, que está experimentando um prolongado "domo de calor" no qual o ar quente fica preso na atmosfera como em um forno, a cidade de El Paso, fronteiriça com o México, quebrou oficialmente o recorde pela maior quantidade de dias consecutivos nos quais se observaram temperaturas próximas aos 100 graus Fahrenheit (37,7ºC), segundo o NWS. A marca é agora de 24 dias, superando uma onda anterior de 23 dias, em 1994.
Um alerta de calor também está em vigor até quarta-feira (12) no sul da Flórida, na região perto de Miami.
As temperaturas globais da superfície do planeta aumentaram em aproximadamente 1,1ºC desde 1880, o que tem feito o calor extremo ser mais frequente.
As altas temperaturas são o risco meteorológico mais mortal nos Estados Unidos, segundo dados oficiais. O risco é maior para idosos, jovens e pacientes com doenças mentais e crônicas.