O exército sudanês recusou-se, nesta segunda-feira (10), a participar de uma reunião na Etiópia com líderes de países da região, organizado com o objetivo de encontrar uma solução para o conflito que abala o país africano há meses.
Um representante do lado rival, as Forças de Apoio Rápido (FAR), participou da reunião em Adis Abeba.
Uma guerra estourou em meados de abril entre o líder das FAR, Mohamed Hamdan Daglo, e o general Abdel Fattah al-Burhan, chefe do exército regular sudanês.
Cerca de 3.000 pessoas morreram devido ao conflito, um número provavelmente subestimado.
A reunião desta segunda-feira foi organizada pela ONU e pelo "Quarteto" da organização do leste africano Igad, encarregada de resolver a crise no Sudão.
Composto por Quênia, Djibuti, Etiópia e Sudão do Sul, o Quarteto Igad é presidido pelo chefe de Estado queniano, William Ruto, cuja imparcialidade tem sido questionada pelos exército sudanês.
O Quarteto "lamentou" a ausência da delegação do exército, apesar de ter confirmado a sua participação, e apelou a ambas as partes que "assinem um cessar-fogo incondicional".
* AFP