A Islândia anunciou, nesta sexta-feira (9), o fechamento temporário da sua embaixada em Moscou a partir de 1º de agosto, devido à atual "situação" relacionada ao conflito na Ucrânia, tornando-se no primeiro país a tomar uma decisão neste sentido.
"A situação atual simplesmente não permite que a pequena representação diplomática de nosso país opere na Rússia", disse o ministro das Relações Exteriores da Islândia, Thórdís Gylfadóttir, em comunicado.
Esta pequena nação nórdica tornou-se o primeiro país a tomar uma decisão como essa desde o início da invasão da Ucrânia, segundo o escritório da AFP em Moscou.
A decisão não implica uma ruptura das relações diplomáticas, especifica o comunicado da diplomacia islandesa.
Como os laços comerciais, culturais e políticos com a Rússia estão "no seu ponto mais baixo", manter as operações da embaixada em Moscou "não é justificável", explicou o ministério das Relações Exteriores da Islândia.
O ministério islandês das Relações Exteriores convocou o embaixador russo em Reykjavik para informá-lo da decisão.
A Rússia também foi solicitada a limitar as atividades de sua embaixada na capital islandesa.
Gylfadóttir disse esperar que as condições permitam que "um dia haja relações normais e frutíferas" com a Rússia. "Mas isso vai depender das decisões do Kremlin", afirmou.
O Ministério das Relações Exteriores indicou que a Islândia tem 18 embaixadas no exterior e prioriza sua localização "de acordo com a extensão dos laços econômicos, políticos e culturais ou da cooperação para o desenvolvimento".
* AFP