O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou nesta sexta-feira (9) que as tropas ucranianas iniciaram uma contraofensiva há muito esperada e estavam sofrendo perdas "significativas". Seus comentários foram feitos poucas horas depois de uma série de ataques de drones dentro do território da Rússia.
O conflito entrou em uma fase complexa esta semana com a ruptura de uma barragem do rio Dnipro, que inundou uma parte do sul da Ucrânia. Dezenas de milhares de civis que já enfrentavam a miséria de bombardeios regulares fugiram para terrenos mais altos em ambos os lados da hidrovia inchada e extensa.
Os ucranianos minimizaram as conversas sobre uma contraofensiva, argumentando que quanto menos falarem sobre seus movimentos militares, melhor. Em comentários após visitar zonas de inundação na quinta-feira (8), o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, disse que estava em contato com as forças ucranianas "em todas as áreas mais críticas" e elogiou um "resultado" não especificado de seus esforços.
O governo ucraniano também não especificou se os reservistas foram mobilizados para a linha de frente da batalha, embora tenha recebido suporte militar robusto de seus parceiros ocidentais. Nesta sexta-feira, a vice-ministra da Defesa ucraniana, Hanna Maliar, disse que a Rússia estava na defensiva na província de Zaporizhzhia, no Sudeste, embora o epicentro dos combates permanecesse no Leste, particularmente na região de Donetsk. Ela descreveu "batalhas intensas" em Lyman, Bakhmut, Avdiivka e Marinka.
Antes das declarações, autoridades regionais no sudoeste da Rússia, perto da fronteira ucraniana, relataram nova onda de ataques utilizando drones. As ações expuseram as vulnerabilidades dos sistemas de defesa aérea de Moscou.