Mais de 30 pessoas morreram no centro da Nigéria em confrontos entre pastores e fazendeiros, informou, nesta terça-feira (16), uma autoridade local do estado de Plateau, no centro do país.
"O incidente afetou mais de 30 pessoas, perderam suas vidas", indicou à AFP Dan Manjang, responsável pela informação e comunicação de Plateau.
Os confrontos ocorreram na segunda-feira, entre "pastores", majoritariamente muçulmanos, e "agricultores", que são geralmente cristãos, apontou.
Segundo a polícia, os atos de violência ocorreram "em vários vilarejos" de Bwoi, no distrito de Mangu.
"Por volta das 11h56 [07H56, no horário de Brasília] recebemos um pedido de socorro", declarou o porta-voz da polícia Alfred Alabo, que informou que havia homens armados "disparando esporadicamente".
O responsável do distrito de Mangu impôs um toque de recolher de 24 horas "para garantir que a crise não se estenda para outras regiões", acrescentou Alabo.
A violência é um dos maiores desafios do presidente eleito Bola Tinubu, que ganhou as eleições no país mais populoso da África em fevereiro.
Em outro incidente, registrado no sudeste do país, pelo menos quatro pessoas morreram. Homens armados realizaram um ataque contra um comboio do consulado americano, informaram a polícia nigeriana e autoridades americanas.
"Nenhum cidadão americano estava no comboio", apontou um porta-voz da polícia, Ikenga Tochukwu. Os homens armados "mataram dois agentes da força móvel da polícia e dois funcionários do consulado, antes de atearem fogo ao veículo", acrescentou.
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby, confirmou que um comboio havia sido atacado na Nigéria e disse que não havia cidadãos americanos mortos. O Departamento de Estado também confirmou o ataque.
Os ataques de grupos separatistas são habituais no sudeste do país há vários anos, que costumam estar dirigidos contra a polícia e edifícios governamentais.
* AFP