Um grupo de defesa dos direitos humanos de Burkina Faso anunciou nesta sexta-feira (28) que o balanço de mortos de um massacre executado em um vilarejo por homens uniformizados foi de 136, mais que o dobro do número divulgados pelo governo.
Em 20 de abril, homens armados vestidos com uniformes militares massacraram os habitantes do vilarejo de Karma, área muito visada pelos extremistas no norte do país.
De acordo com o balanço divulgado no domingo pelo procurador local, 60 pessoas morreram no ataque.
Os sobreviventes e moradores de Karma afirmaram que mais de 100 pessoas morreram no ataque.
"Nossa equipe documentou e registrou 136 corpos sem vida em Karma, incluindo 50 mulheres e 21 crianças, alguns deles bebês com menos de 30 dias de vida, assassinados nas costas de suas mães", afirmou o Coletivo Contra a Impunidade e a Estigmatização das Comunidades (CISC).
As Forças Armadas de Burkina Faso enfrentam uma insurgência de jihadistas vinculados à Al-Qaeda e ao grupo Estado Islâmico.
A ofensiva deixou mais de 10.000 mortos, segundo estimativas das ONGs, e quase dois milhões de deslocados.
Ao menos um terço do país está fora do controle do governo.
* AFP