Dez soldados e 32 auxiliares civis do exército de Burkina Faso foram mortos no sábado em um ataque realizado por supostos extremistas islâmicos no norte do país, informaram autoridades locais neste domingo (16).
No sábado, um "destacamento militar e de Voluntários para a Defesa da Pátria (VDP)" foi "alvo de um ataque perpetrado por homens armados não identificados", a cerca de 15 km da cidade de Ouahigouya, no norte do Burkina Faso, informou o governo da região em nota.
Segundo o exército, "o balanço é de 40 combatentes" mortos, "oito militares e 32" auxiliares civis das forças armadas. Além disso, "pelo menos 50 terroristas" foram "neutralizados", acrescentou.
Mais cedo neste domingo, ocorreu "outro ataque contra o destacamento militar de Kongouissi [província de Bam, no centro norte]", informou a mesma fonte, dando conta de "dois militares" mortos e de "cerca de 20 terroristas neutralizados".
Segundo uma fonte de segurança, o destacamento atacado no sábado oferecia "segurança ao aeródromo de Ouahigouya".
Outra fonte de segurança afirmou que "dezenas de terroristas" foram neutralizados.
Na quinta-feira (13), as autoridades da nação africana decretaram uma "mobilização geral" para "dar ao Estado todos os meios necessários" para combater os ataques jihadistas no país, incluindo a possibilidade de recrutar a população.
Alvo de dois golpes militares em 2022, Burkina Faso sofre desde 2015 com uma espiral de violência jihadista que já havia emergido no Mali e em Níger e se espalhou para outras regiões.
Na semana passada, 44 civis morreram em um ataque contra duas aldeias no nordeste do país, próximas à fronteira com o Níger.
Desde 2015, a violência jihadista deixou mais de 10.000 mortos entre civis e soldados, além de cerca de dois milhões de deslocados, de acordo com ONGs.
* AFP