Advogados que representam mulheres filipinas forçadas a trabalhar como escravas sexuais pelo Japão durante a Segunda Guerra Mundial instaram as Filipinas nesta sexta-feira (10) a pagar uma indenização a elas, depois que um comitê da ONU pediu ao governo que forneça "reparações".
Durante a Segunda Guerra Mundial, cerca de 200.000 mulheres - a maioria da Coreia, mas também de outras partes da Ásia, incluindo as Filipinas - foram forçadas a trabalhar em bordéis militares japoneses, segundo historiadores.
Na quarta-feira, o Comitê da ONU para a Eliminação da Discriminação contra a Mulher concluiu que as sobreviventes filipinas enfrentaram "discriminação contínua" porque o governo de Manila falhou em fornecer reparações, apoio social ou reconhecimento à altura dos danos sofridos.
O comitê concluiu que as mulheres não receberam os mesmos benefícios ou serviços que os veteranos de guerra homens e instou o governo a fornecer-lhes "reparação total" e "desculpas oficiais".
Acredita-se que o número de mulheres filipinas forçadas à escravidão sexual durante a ocupação japonesa do arquipélago entre 1942 e 1945 esteja na casa das centenas.
* AFP