O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, reconheceu, nesta quarta-feira (8), as "deficiências" na resposta ao terremoto que abalou seu país e a Síria.
"Claro, há deficiências, é impossível estar preparado para uma catástrofe dessas", disse o chefe de Estado, que visitou a província de Hatay (sul), uma das mais afetadas, na fronteira com a Síria.
Autoridades e médicos disseram que 9.057 pessoas morreram na Turquia, e 2.662, na Síria, vítimas do terremoto de magnitude 7,8 de segunda-feira (6), elevando o total de óbitos para 11.719. Este número pode dobrar, se os piores cenários previstos pelos especialistas se confirmarem.
"Algumas pessoas desonestas e sem honra publicaram declarações falsas como a de que 'não vimos soldados, nem policiais'", na província de Hatay, reclamou Erdogan.
"Nossos soldados e nossos policiais são gente honrada. Não permitiremos que pessoas pouco recomendáveis falem deles dessa maneira", afirmou.
O presidente turco disse que 21.000 membros do pessoal de resgate foram mobilizados apenas na província de Hatay.
"Agindo assim, responderemos ao desastre para que ninguém fique sob as ruínas, ou sofra", acrescentou.
Entre os escombros de prédios de uma dezena de cidades do sul e do sudeste da Turquia, devastadas pelo terremoto, sobreviventes à espera de ajuda criticaram o governo turco, dizendo-se "abandonados" em meio ao frio.
A menos de quatro meses da eleição presidencial, as críticas se dirigem, principalmente, a Erdogan, no poder desde 2003.
* AFP