Os ministros das Relações Exteriores de Mali, Guiné e Burkina Faso formaram nesta quinta-feira (9) uma frente comum para voltar às organizações regionais das quais foram suspensos após os golpes militares recentes nesses países.
Os responsáveis diplomáticos dessas três nações anunciaram, em um comunicado conjunto, que haviam acordado trabalhar conjuntamente para levantar suas suspensões na Comunidade Econômica de Estados da África Ocidental (Cedeao) e na União Africana (UA).
Os três ministros se reuniram em Ouagadougou, capital de Burkina Faso, depois da visita à região do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, que busca ampliar a influência de Moscou no continente africano.
Abdoulaye Diop, do Mali; Morissanda Kouyate, da Guiné; e Olivia Rouamba, de Burkina Faso, "acordaram unir seus esforços e empreender iniciativas conjuntas para o levantamento das medidas de suspensão" da Cedeao e da UA, indicaram.
Desde 2020, uma série de golpes nos três países levou ao poder juntas militares que ignoraram os pedidos para restaurar a ordem civil, motivo pelo qual foram suspensos dos blocos regionais.
As Forças Armadas tomaram o poder no Mali e em Burkina Faso em meio ao mal-estar em seus exércitos pelas baixas causadas pela insurgência jihadista nesses países, que já provocou milhares de mortes.
Por sua vez, o golpe na Guiné deveu-se mais ao descontentamento público com o então presidente, Alpha Condé, que tendia ao autoritarismo.
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* AFP