Uma operação militar libertou, nesta sexta-feira (20), 62 mulheres e quatro bebês que haviam sido sequestrados há uma semana por supostos jihadistas no norte de Burkina Faso, informaram a televisão pública e uma fonte militar do país africano.
A Radiotelevisão de Burkina (RTB) mostrou em seu noticiário da noite imagens das mulheres libertadas em uma "operação" das Forças Armadas e que foram transferidas para a capital, Ouagadougou.
Diversas fontes das forças de segurança confirmaram esta informação à AFP.
As mulheres e seus filhos tinham sido sequestrados na quinta e na sexta-feira da semana passada na localidade de Arbinda, no norte do país, depois de saírem do vilarejo para buscar comida nos arredores.
Fontes das forças de segurança indicaram que encontraram os reféns na área de Tuguri, na região vizinha Centro-Norte, situada cerca de 200 quilômetros ao sul do local onde foram sequestrados.
Após a libertação, os reféns foram levados em helicóptero para a capital na tarde de hoje, onde foram recebidos por militares do alto escalão.
"Seu interrogatório nos permitirá saber mais sobre seus sequestradores, sua detenção e seu comboio", acrescentou uma das fontes.
As forças de segurança efetuaram operações terrestres e aéreas para encontrar os reféns.
Uma parte do território burquinense, especialmente a região do Sahel onde fica Arbinda, sofre há meses com problemas de abastecimento por causa da presença de grupos jihadistas, o que obriga os moradores a saírem de suas localidades para buscar alimentos.
Uma onda de ataques foi registrada na quinta-feira em diversas partes do norte e do nordeste do país, provocando por volta de 30 mortes.
Desde 2015, Burkina Faso, sobretudo sua porção setentrional, sofre ataques recorrentes de grupos jihadistas, vinculados à Al Qaeda ou ao Estado Islâmico (EI).
Milhares de burquinenses morreram e pelo menos 2 milhões se viram obrigados a deixar suas casas por causa da violência jihadista.
* AFP