Estônia e Letônia pediram, nesta segunda-feira (23), a saída dos embaixadores russos de seus países, informaram fontes oficiais depois que a Rússia expulsou o representante da Estônia.
"Respeitamos o princípio de reciprocidade nas relações com a Rússia", informou em um tuíte o Ministério das Relações Exteriores estoniano, destacando que o embaixador russo terá que deixar o país em 7 de fevereiro, no mesmo dia que seu diplomata vai deixar Moscou.
A Rússia anunciou nesta segunda que vai expulsar o embaixador estoniano, denunciando a "russofobia total" da república báltica, depois que a Estônia expulsou este mês 21 diplomatas russos e outros funcionários da embaixada russa em Talin.
Na tarde desta segunda, a Letônia anunciou que também tinha pedido ao embaixador russo que deixasse o território letão e decidiu rebaixar o nível de suas relações diplomáticas com Moscou.
"O embaixador da Rússia deixará a Letônia no mais tardar em 24 de fevereiro de 2023", informou em nota o ministério das Relações Exteriores letão, no qual indicou que seu embaixador na Rússia deixará Moscou até esta data, alegando ter tomado a decisão pela ofensiva russa na Ucrânia e em "solidariedade com a Estônia e a Lituânia".
Em abril, a Lituânia rebaixou suas relações diplomáticas com a Rússia depois da descoberta de chacinas de civis, supostamente cometidos pelas forças russas na cidade ucraniana de Butcha.
Nos últimos anos, tanto a Rússia quanto vários países ocidentais expulsaram diplomatas e mais ainda depois que as forças russas lançaram uma ofensiva na Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.
Mas esta é a primeira vez que embaixadores são expulsos desde que o conflito começou.
* AFP