Pelo menos 10 pessoas morreram e outras 39 ficaram feridas neste domingo (15) num ataque com bomba a uma igreja no leste da República Democrática do Congo (RDC), atribuído pelas autoridades a um grupo próximo ao Estado Islâmico (EI).
O porta-voz da operação militar de Uganda na RDC, Bilal Katamba, disse, por sua vez, na noite de domingo, que a explosão deixou 16 mortos e 20 feridos. A AFP não pôde confirmar os números com fontes independentes.
O "ato terrorista" ocorreu em uma igreja pentecostal em Kasindi, uma cidade perto da fronteira com Uganda, informou o porta-voz do exército congolês, Antony Mualushayi.
Um suspeito queniano foi preso após a explosão, acrescentou, embora o autor do ataque permaneça desconhecido.
Segundo o governo congolês, o ataque foi perpetrado por "terroristas das ADF", em referência às Forças Democráticas Aliadas, apresentadas pelo EI como sua afiliada na África central.
O alvo deste "atentado a bomba" eram "cidadãos em plena missa na paróquia da 8ª comunidade das Igrejas Pentacostais do Congo na cidade de Kasindi", tuitou o Ministério da Comunicação.
Originalmente um movimento rebelde de Uganda, as ADF são consideradas o grupo mais mortífero dos 120 movimentos armados do leste da RDC. São acusadas de massacrar milhares de civis no país e por atentados em Uganda.
Na noite de domingo, o Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque, afirmando que "cerca de 20" pessoas foram mortas, de acordo com o portal de monitoramento especializado Site Intelligence Group.
Os Estados Unidos incluíram, em 2021, as Forças Democráticas Aliadas em sua lista de organizações terroristas.
Desde 2021, Uganda e RDC lançaram uma operação militar conjunta contra as ADF no Kivu do Norte, onde fica Kasindi, e na província vizinha de Ituri.
Outros grupos ativos também buscam controlar regiões por motivos étnicos e extrair os ricos recursos do território, muitas vezes com financiamento de países vizinhos.
* AFP