Islâmicos do Al-Shabab atacaram uma base militar ao norte da capital da Somália nesta terça-feira (17), uma retaliação após o governo anunciar que havia tomado uma cidade costeira considerada "estratégica" para os jihadistas.
Até o momento, não se sabe exatamente quantas vítimas morreram no atentado ao acampamento militar de Hawaldey, cerca de 60 quilômetros ao norte de Mogadíscio, capital do país.
O chefe do Exército, Odowaa Yusuf Rage, disse à rádio nacional que cinco soldados "morreram como mártires" no ataque.
Mais cedo, Mohamed Osman, um comandante da milícia local aliada ao poder que ocupa uma área próxima a Hawadley, disse à AFP que 11 militares morreram no atentado.
"Os jihadistas primeiro explodiram um veículo carregado de explosivos e depois atacaram um acampamento militar em Hawadley", disse o líder.
As forças somalis e suas milícias aliadas retomaram a base de Hawadley do Al-Shabab em outubro de 2022.
Na segunda-feira (16), o Exército do país anunciou que havia recuperado Harardhere, cidade costeira a 500 quilômetros de Mogadíscio que desde 2010 estava sob controle do grupo aliado à Al-Qaeda. O governo considerou esta retomada como uma "vitória histórica".
O Al-Shabab luta contra o governo federal desde 2007 com o apoio da comunidade internacional. Seus integrantes foram expulsos das principais cidades do país em 2011 e 2012, mas ainda estão presentes em grandes áreas rurais.
Em setembro, o presidente da Somália enviou o Exército, incluindo unidades especiais, para apoiar as milícias locais no combate contra o grupo fundamentalista.
A ofensiva, que tem o respaldo da União Africana na Somália (AMISOM) e contou com bombardeios aéreos norte-americanos, levou à conquista de vastos territórios de dois estados do centro do país, Hirshabelle e Galmudug.
Os jihadistas do Al-Shabab seguem realizando atentados em cidades e bases militares.
* AFP