As Filipinas ordenaram, nesta quinta-feira (22), o aumento de sua presença militar no Mar da China Meridional, em reação ao que seu governo descreveu como uma "ameaça" de divisão neste disputado território, devido às "atividades" chinesas na região.
A decisão foi anunciada dois dias depois de a imprensa local noticiar que Pequim começou a reivindicar mais territórios nas disputadas ilhas Spratly, um importante arquipélago no mar da China Meridional que abriga instalações militares de vários países.
"Qualquer invasão no mar das Filipinas Ocidental, ou reivindicação de suas características, é uma ameaça para a segurança da ilha Pagasa (Thitu)", declarou o Departamento filipino da Defesa nesta quinta-feira.
Manila se refere às águas no oeste das Filipinas como o mar das Filipinas Ocidental, enquanto a Ilha Pagasa, a segunda maior das Spratly, também é conhecida como ilha Thitu.
Segundo o Departamento da Defesa, as Forças Armadas receberam ordens para "fortalecer a presença do país no mar das Filipinas Ocidental por conta das atividades chinesas perto da ilha Pagasa".
O órgão não especificou a natureza das atividades chinesas, mas o Exército filipino garantiu que suas patrulhas aéreas e navais observaram navios das Forças Armadas da China no entorno da área.
Pequim reivindica quase todos os abundantes recursos do mar da China Meridional, cujo comércio chega a bilhões de dólares por ano. Vietnã, Malásia, Brunei e Taiwan também disputam esse território, assim como as Filipinas.
A China ignorou uma decisão judicial de 2012, apoiada pela ONU, a qual afirma que a reivindicação de Pequim não tem fundamento.
Nos últimos anos, os chineses construíram ilhas artificiais nos recifes, enquanto levantavam instalações militares e pistas de pouso.
Com base em imagens de satélites americanos, a agência de notícias Bloomberg informou, na terça-feira (20), que novas formas de relevo surgiram em Spratlys, Eldad Reef, Whitsun Reef, Lankiam Cay e Sandy Cay.
O Ministério chinês das Relações Exteriores classificou a informação como "completamente infundada".
* AFP