O Kuwait enforcou sete pessoas condenadas por assassinato nesta quarta-feira (16), incluindo uma etíope e uma mulher do Kuwait, disse a Promotoria, as primeiras execuções desde 2017.
Três homens do Kuwait, um sírio e um paquistanês também foram enforcados, informou a Promotoria em comunicado.
As execuções são as primeiras desde 25 de janeiro de 2017, quando o país do Golfo, rico em petróleo, enforcou um grupo de sete pessoas, incluindo um membro da família real.
Essas execuções coincidiram com a visita da vice-presidente da Comissão Europeia, Margaritis Schinas.
A União Europeia (UE) afirmou que convocaria o embaixador do Kuwait para abordar a questão.
Em um comunicado, a UE pediu "o fim das execuções e uma moratória completa sobre a aplicação da pena de morte, como primeiro passo para a abolição formal e total dessa pena no Kuwait".
Apenas alguns dias atrás, a Arábia Saudita anunciou que havia executado dois paquistaneses por contrabando de heroína, encerrando um hiato de quase três anos de execuções por crimes de drogas.
A Anistia Internacional pediu na terça-feira a suspensão das execuções, chamando-as de "a punição mais cruel, desumana e degradante" e a vice-diretora regional da Anistia, Amna Guellali, pediu às autoridades que "estabeleçam imediatamente uma moratória", segundo um comunicado.
A pena capital é generalizada na região do Golfo, especialmente no Irã e na Arábia Saudita, onde 81 pessoas foram executadas em um único dia de março.
O Kuwait executou dezenas de pessoas desde que introduziu a pena de morte em meados da década de 1960. A maioria foi condenada por assassinato ou tráfico de drogas.
* AFP