Um policial encarregado de proteger uma equipe de vacinação contra a poliomielite foi morto por homens armados no oeste do Paquistão, nesta terça-feira (25) - disse uma fonte administrativa.
O ataque foi cometido no distrito de Pishin, na província do Baluchistão, durante uma campanha nacional de uma semana para vacinar 25 milhões de crianças.
O Paquistão é um dos dois países, junto com Afeganistão, onde a pólio continua endêmica, e as equipes de vacinação são alvo de ataques de ativistas islâmicos.
"Homens armados em motocicletas abriram fogo contra o policial, que morreu na hora", informou o vice-administrador distrital, Yasir Bazai.
Nenhum grupo assumiu a autoria da agressão até o momento, mas essas equipes e suas escoltas são, há anos, atacadas por ativistas islâmicos, especialmente talibãs paquistaneses.
A vacinação contra a poliomielite sofre com as teorias da conspiração, como a de que existe um complô ocidental para esterilizar crianças muçulmanas e que afirma que a vacina contém gordura de porco, proibida para os muçulmanos.
Essa desconfiança aumentou depois que a CIA (a agência de Inteligência americana) organizou uma campanha de vacinação falsa para encontrar o então líder da rede Al-Qaeda, Osama bin Laden.
Em abril, o Paquistão detectou seu primeiro caso desta doença em 15 meses. Desde então, 20 novos casos foram notificados, de acordo com o Programa Nacional de de Luta contra a Pólio.
* AFP