Neste domingo (14), uma delegação de membros do Congresso dos Estados Unidos chegou a Taiwan para uma visita que não estava anunciada, informou uma fonte diplomática estadunidense na ilha.
Esta visita de cinco pessoas, um senador e quatro deputados, democratas e republicanos, que durará até a próxima segunda-feira (15), segundo o Instituto Americano em Taiwan (embaixada), acontece dias depois das maiores manobras militares já realizadas pela China em torno da ilha autônoma.
Os exercícios foram uma resposta à visita a Taiwan da presidente da Câmara dos Representantes, a deputada democrata Nancy Pelosi. Os taiwaneses acusam a China de ter usado a visita de Pelosi como pretexto para se preparar para uma invasão.
Em resposta, os Estados Unidos reiteraram o seu compromisso com a região, deram sinais de que fortalecerão suas relações comerciais com Taiwan e indicaram que efetuarão novas travessias aéreas e marítimas no estreito em resposta às ações "provocadoras" de Pequim, anunciou na sexta-feira (12) Kurt Campbell, coordenador da Casa Branca para a região da Ásia-Pacífico.
Os chineses consideram que Taiwan, uma ilha com cerca de 23 milhões de habitantes, é uma de suas províncias que ainda não foi reunificada com o restante do território desde o fim da guerra civil chinesa em 1949.
"A delegação se reunirá com responsáveis taiwaneses do primeiro escalão para abordar as relações bilaterais, temas de segurança regional, mudança climática", indicou o Instituto Americano.
Os parlamentares americanos também se reunirão com a presidente Tsai Ing-wen e o ministro das Relações Exteriores, Joseph Wu.