As autoridades sul-coreanas anunciaram medidas para reprimir as moradias em porões, depois que quatro pessoas se afogaram em inundações causadas por fortes chuvas nesta semana. Atualmente, cerca de 200 mil famílias vivem neste tipo de porão, o que representa 5% do parque habitacional de Seul, segundo dados oficiais. As "banjihas" ficaram mundialmente conhecidas pelo filme vencedor do Oscar Parasita.
Soldados e equipes de resgate removeram várias casas cheias de água e lama no distrito de Gwanak, em Seul, nesta quinta-feira (11). Três moradores morreram na região na última segunda-feira (8), incluindo uma mulher com deficiência e um adolescente.
As autoridades da capital sul-coreana anunciaram depois disso que querem acabar com a prática de fazer casas nesses pequenos porões conhecidos como "banjiha", baratos para alugar, mas facilmente inundados em caso de chuvas torrenciais.
As autoridades informaram em comunicado na quarta-feira (10) que deixarão de emitir licenças para construir tais porões e promoverão o desuso progressivo de porões existentes.
As inundações desta semana na Coreia do Sul deixaram 11 mortos, incluindo os moradores de porões que se afogaram, disseram autoridades.
Essas residências alcançaram fama mundial graças ao filme vencedor do Oscar de 2020 de Bong Joon Ho, Parasita, estrelado por uma família pobre que vive em um "banjiha".