O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, ofereceu, nesta segunda-feira (15), ajuda econômica à Coreia do Norte se ela abandonar seu programa nuclear. Ao mesmo tempo, evitou críticas duras após o país vizinho ameaçar retaliar Seul de "forma mortal" pela recente onda de covid-19. Em discurso para comemorar do fim da colonização japonesa na península coreana, Yoon também pediu a melhora das relações com o Japão.
Transmitido pela TV sul-coreana, o discurso ocorreu dias após os norte-coreanos reivindicarem uma vitória amplamente questionada contra a covid-19 e culpar Seul pelo surto. Pyongyang insiste que folhetos e outros objetos lançados através da fronteira por ativistas espalharam o vírus, uma alegação sem base científica que a Coreia do Sul classificou como "ridícula".
Conservador que assumiu o poder em maio, Yoon disse hoje que a desnuclearização da Coreia do Norte seria crucial para a paz na região e no mundo. Se Pyongyang se comprometer seriamente a interromper o desenvolvimento de armas nucleares e com um processo de desnuclearização, os sul-coreanos reagirão "com enormes benefícios econômicos" que serão liberados gradualmente, afirmou o presidente.
— Implementaremos um programa em larga escala para suprir alimentos, fornecendo assistência para o estabelecimento de infraestrutura para a produção, transmissão e distribuição de energia elétrica, além de realizar projetos de modernização de portos e aeroportos para facilitar o comércio — disse Yoon.
A proposta do presidente não é muito diferente de ofertas anteriores da Coreia do Sul que foram rejeitadas no passado por Pyongyang, que vem acelerando esforços de expandir seu arsenal de armas nucleares e mísseis balísticos.