A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, disse nesta quarta-feira (17) ainda não existir uma garantia de retorno seguro para os membros da minoria rohingya a Mianmar, quase cinco anos após uma operação militar que causou o êxodo em massa para Bangladesh.
Aproximadamente um milhão de rohingyas, uma minoria muçulmana de Mianmar, vivem em condições miseráveis nos acampamentos de refugiados em Bangladesh, onde fugiram da perseguição em 2017.
Cinco anos depois, os refugiados se negaram a voltar para seu país sem a garantia de segurança por parte da junta militar no poder.
"Infelizmente, a situação atual na fronteira não oferece condições para um retorno" para Mianmar, indica Bachelet a repórteres em Daca, Bangladesh.
"A repatriação sempre deve ser realizada de forma voluntária e com dignidade, somente quando as condições em Mianmar forem seguras e estáveis", acrescentou a alta comissária.
Michelle Bachelet chegou a Bangladesh no domingo (14). Durante a viagem de quatro dias, a responsável visitou os campos de refugiados rohingyas.
A ex-presidente do Chile, de 70 anos, deixará suas funções como alta comissária da ONU para os Direitos Humanos no final de agosto.
* AFP