O Senegal realiza eleições parlamentares neste domingo (31), nas quais a oposição espera forçar uma coalizão com o presidente Macky Sall e conter quaisquer ambições para um terceiro mandato.
A oposição acusa Sall, de 60 anos, de querer ultrapassar o limite de dois mandatos e concorrer novamente em 2024.
Ele foi eleito em 2012 para um primeiro mandato de sete anos e reeleito em 2019 para outros cinco.
Sall permanece vago sobre o assunto, mas qualquer perda de apoiadores na votação pode atrapalhar seus planos.
A votação começou às 8h00 GMT (5h00 de Brasília) e terminará às 18h00 GMT (15h00 de Brasília).
Várias pessoas faziam fila para votar em uma escola no subúrbio de Mbao, em Dacar, sob supervisão policial, constatou um jornalista da AFP.
"Espero que o dia seja pacífico e que não haja disputas", disse Lamine Sylva, eleitora de 60 anos.
Yahya Sall, um oficial militar aposentado, afirmou esperar que o novo Parlamento "tenha uma forte presença da oposição para promover a democracia".
A Comissão Eleitoral Nacional mobilizou 22.000 observadores em todo o país.
A votação em turno único decidirá o Parlamento de 165 assentos - atualmente controlado pelos partidários do presidente - pelos próximos cinco anos.
Oito coalizões concorrem este ano, incluindo a Yewwi Askan Wi, a principal coalizão da oposição.
Seu integrante mais proeminente, Ousmane Sonko, ficou em terceiro lugar nas eleições presidenciais de 2019. Mas ele e outros membros da coalizão foram impedidos de concorrer neste domingo, por razões técnicas.
Um dos nomes foi acidentalmente inserido como candidato principal e suplente, invalidando assim toda a lista. Isso desencadeou manifestações violentas que deixaram pelo menos três mortos.
Nas eleições locais de março, a oposição venceu nas principais cidades do país, incluindo a capital, Dacar.
* AFP