Uma nova onda de violência no norte de Moçambique, região afetada por ataques de jihadista, obrigou quase 30.000 crianças a fugir em junho, o balanço mensal mais elevado na longa crise, informou a ONG Save The Children.
Em junho foi registrado um aumento nos ataques na província de Cabo Delgado, onde os jihadistas iniciaram uma rebelião violenta em 2017, o que provocou o envio no ano passado de uma missão militar regional.
Ao menos 53 pessoas morreram em vários distritos, o que forçou mais de 50.000 adultos e crianças a fugir de suas casas, de acordo com a Save the Children.
"Este foi o pior mês para as famílias e as crianças em Cabo Delgado em um ano", afirmou Brechtje van Lith, diretora para Moçambique na ONG. A violência já provocou o deslocamento de mais de 700.000 pessoas.
Quase 4.100 pessoas morreram em Moçambique desde 2017, segundo a organização ACLED, que monitora o conflito.
* AFP