Pelo menos cinco pessoas morreram em Goma, no leste da República Democrática do Congo (RDC), onde ocorrem pelo segundo dia manifestações contra a missão das Nações Unidas, criticada por sua incapacidade de lutar contra as centenas de grupos armados ativos naquela região.
"Pelo menos cinco mortos, cerca de 50 feridos", escreveu Patrick Muyaya, porta-voz do governo, no Twitter. Muyaya acrescentou que as forças de segurança dispararam "tiros de advertência" contra manifestantes em Goma para impedir ataques contra funcionários da ONU.
Nas primeiras horas da manhã, centenas de manifestantes invadiram os arredores da base logística da Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo (Monusco) e atacaram o acampamento de trânsito da organização fora do centro de Goma, capital da província Kivu do Norte.
As forças de segurança congolesas conteram a multidão perto da base logística.
"Não queremos mais Monusco", "tchau Monusco", diziam os cartazes dos manifestantes.
Na segunda-feira, depois de montar barricadas nas principais avenidas de Goma, os manifestantes se dividiram em dois grupos e invadiram a sede local da Monusco e sua base logística.
Os manifestantes enfurecidos entraram no complexo da sede da Monusco quebrando janelas, paredes e roubando computadores, móveis e objetos de valor, confirmou um jornalista da AFP.
Monusco, presente na RDC desde 1999, é considerada uma das missões mais importantes e caras da ONU, com 14.100 soldados atualmente mobilizados e um orçamento anual de um bilhão de dólares.
* AFP