A Rússia afirmou nesta terça-feira (28) que sua ofensiva na Ucrânia vai parar quando o governo e o exército ucranianos se renderem.
— A parte ucraniana pode acabar (com o conflito) no dia de hoje. Deve ordenar às unidades nacionalistas que entreguem as armas, ordenar aos soldados ucranianos que entreguem as armas e todas as condições estabelecidas pela Rússia devem ser aplicadas. Então, tudo terminará em um dia — afirmou Dmitri Peskov, porta-voz de Vladimir Putin.
Segundo ele, não há prazo nem calendário definido pelos russos:
— Nos orientamos com base nas declarações do nosso presidente.
Peskov reiterou que "a operação militar especial ocorre de acordo com os planos", usando o eufemismo que a Rússia utiliza para se referir ao ataque à Ucrânia.
O porta-voz reagiu assim às declarações do presidente ucraniano Volodimir Zelensky aos líderes do G7 na segunda-feira (27), instando-os a fazer "o máximo possível" para encerrar o conflito antes do final deste ano.
A Rússia lançou uma ampla ofensiva militar contra a Ucrânia em 24 de fevereiro afirmando que busca "desmilitarizar" e "desnazificar" o país, denunciando um genocídio das populações de língua russa.
A feroz resistência das forças ucranianas levou Moscou a limitar seus objetivos, concentrando-se no leste do país, onde há combates sangrentos e um lento avanço das tropas russas. As negociações de paz estão paralisadas há semanas, com cada lado culpando o outro pelo impasse.