Dezenas de milhares de pessoas foram às ruas nesta sexta-feira (24) em Tbilisi, capital da Geórgia, para denunciar a política do governo e exigir a adesão deste pequeno país do cáucaso à União Europeia (UE), que na quinta-feira descartou admiti-lo como candidato.
Os manifestantes se aglomeraram diante do Parlamento, exibiram bandeiras georgianas e europeias e cantaram o hino da UE, segundo jornalistas da AFP.
Várias organizações pró-europeias e todos os partidos da oposição convocaram a manifestação para pressionar o partido no poder, o Sonho Georgiano, por ter entrado em uma deriva autoritária que deteriorou as relações com Bruxelas, sede do executivo da UE.
"Pouco importam as promessas do governo georgiano, não acreditamos que elas serão respeitadas", afirmaram os organizadores do protesto no Facebook.
Os líderes da UE admitiram na quinta-feira como candidatos a membro do bloco a Ucrânia e a Moldávia, que pediram esse status após o início da ofensiva militar russa contra a Ucrânia, há quatro meses.
Os mandatários dos 27 países da UE também se disseram "dispostos a outorgar o status de candidato" à Geórgia assim que o país realizar uma série de importante reformas internas.
Entre as exigências da UE estão o fim da paralisação política do país, avanços em relação à liberdade de imprensa e modificações nos sistemas judicial e eleitoral.
No entanto, a cúpula de Bruxelas reconheceu "a perspectiva europeia da Geórgia", o que foi considerado como um gesto "histórico" pela presidente do país, Salome Zurabishvili.
Na segunda-feira, cerca de 120 mil pessoas foram às ruas em Kiev para pedir a adesão da Ucrânia à UE.
A Geórgia aspira há anos fazer parte da UE e da Otan.
Em 2008, a pequena ex-república soviética viveu uma curta guerra com a Rússia, que reconheceu a independência de dois territórios separatistas georgianos.
* AFP