A Coreia do Norte registrou mais 15 mortes por "febre" neste domingo (noite de sábado, 14, no Brasil), três dias depois de o país anunciar seu primeiro surto de covid-19, informou a agência oficial de notícias KCNA. Segundo a KCNA, 42 pessoas morreram até o momento, enquanto 820.620 casos de febre foram registrados e pelo menos 324.550 pessoas estão recebendo tratamento médico.
O líder norte-coreano Kim Jong-un disse no sábado que a pandemia causou "grandes turbulências" no país. A KCNA indicou que "todas as províncias, cidades e vilas do país foram completamente confinadas e as unidades de trabalho, produção e residência foram isoladas umas das outras".
Apesar de ter ativado "seu sistema de quarentena de emergência máxima" para impedir a propagação do coronavírus entre sua população, que não está vacinada, a Coreia do Norte registra um alto número de infecções diárias. Na quinta-feira (12), o isolado regime comunista disse ter detectado infecções com a subvariante Ômicron BA.2 do vírus em vários pacientes com febre e ordenou um bloqueio nacional.
Esses foram os primeiros casos confirmados oficialmente por Pyongyang, que impôs um bloqueio com o mundo exterior no início de 2020 que afundou sua economia e seu comércio. A Coreia do Norte tem um sistema de saúde deficiente, sem vacinas contra a covid-19, medicamentos antivirais ou capacidade massiva de testes, apontam especialistas.