O ministro da Defesa e o secretário do Conselho de Segurança da Rússia deram a entender nesta terça-feira (24) que Moscou terá que lutar por muito tempo na Ucrânia para alcançar os objetivos da intervenção.
— Continuaremos com a operação militar especial até alcançar todos os objetivos, sem importar a enorme ajuda ocidental ao regime de Kiev e a pressão sem precedentes das sanções — disse o ministro Sergei Shoigu, em uma videoconferência com colegas de países que integraram a antiga União Soviética, transmitida parcialmente pela televisão.
De acordo com Shoigu, os esforços russos para evitar vítimas civis "diminuem o ritmo da ofensiva, mas isto é deliberado".
Antes, em uma rara entrevista ao jornal russo Argoumenty i Fakty, o secretário do Conselho de Segurança, Nikolai Patrushev, afirmou que as operações militares durariam o tempo necessário.
— Não estamos cumprindo os prazos — disse, antes de destacar que, no entanto, "os objetivos fixados pelo presidente (Vladimir Putin) serão cumpridos".
— Não pode ser de outra maneira, a verdade está do nosso lado — acrescentou.
Os objetivos declarados pelo Kremlin são "a desnazificação" da Ucrânia e a segurança da região do Donbass (leste), majoritariamente de língua russa — Moscou acusa o governo ucraniano de ter cometido um suposto genocídio na região.