A Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP, na sigla em inglês) dos Estados Unidos revelou em nota publicada em 15 de maio que encontrou, em setembro do ano passado, larvas e casulos da mariposa pertencente à família Pyralidae, que não era catalogada desde 1912, na bagagem de um passageiro. O caso ocorreu no aeroporto de Detroit.
Segundo relato publicado no site da CBP, o achado não foi intencional. Tudo começou com a inspeção de uma mala repleta de vagens que pertencia a uma pessoa que havia chegado das Filipinas. O passageiro alegou que o material seria utilizado para a confecção de chá medicinal. No entanto, com uma análise mais detalhada do departamento de agricultura da alfândega, foram encontrados orifícios de saída de insetos nas vagens.
As larvas dos insetos encontrados foram colocadas em quarentena para a realização de uma segunda análise. Durante esse período, as vagens, que na verdade eram casulos, eclodiram e revelaram mariposas com manchas elevadas de cerdas pretas no corpo. Para realizar a identificação da família da mariposa, as larvas e os casulos foram levados ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que confirmou que os insetos pertenciam à família rara que não era catalogada há mais de cem anos.
O entomologista responsável pela identificação confirmou à CBP que é a primeira vez que uma larva ou casulo associado a essa mariposa é coletado. Já o gênero e a subespécie ainda não puderem ser determinados pelos especialistas.
A checagem e revisão das bagagens dos passageiros é um procedimento comum nos Estados Unidos para a prevenção de possíveis pragas e doenças que os viajantes possam trazer consigo. Com isso, eles são obrigados a declarar se estão com a posse de carnes, frutas, vegetais, plantas, sementes e animais. A não declaração de itens agrícolas pode resultar em penalidades.
Os produtos e os bichos declarados são submetidos a testes para avaliar se não há perigo à saúde humana e se tudo está dentro dos requisitos de entrada no país. Além disso, as pessoas também realizam exames.
Até o momento, a CBP não informou o que acontecerá com as mariposas apreendidas.