Milhares de pessoas se manifestaram, neste sábado (9), em Colombo contra o presidente do Sri Lanka, Gotabaya Rajapaksa, apontado como o responsável por uma crise econômica sem precedentes.
Respondendo às convocações das redes sociais, os manifestantes foram ao calçadão na orla do bairro de Galle Face, no centro de Colombo, agitando bandeiras do Sri Lanka e exibindo cartazes que pediam a saída do chefe de Estado.
Trata-se da manifestação mais numerosa desde o início dos protestos, constataram jornalistas da AFP.
A marcha transcorreu pacificamente, mas as forças anti-distúrbios, equipadas com canhões d'água e gás lacrimogêneo, tomaram posição diante do palácio presidencial, situado no caminho da manifestação.
"Todos temos dificuldades para viver. O governo deve sair e deixar uma pessoa capaz de dirigir o país", disse um idoso que participava do protesto.
As igrejas anglicana e católica do Sri Lanka também fizeram coro às manifestações. O próprio cardeal Malcolm Ranjith, líder dos católicos no país, encabeçou uma procissão em Negombo, no subúrbio norte de Colombo.
"Todos têm que sair às ruas até que o governo saia. Esses líderes têm que ir embora. (Eles) destruíram o país", disse.
O sindicato patronal, que havia apoiado Rajapaksa em suas campanhas eleitorais, se somaram ao descontentamento geral.
Em um comunicado conjunto, 23 federações industriais, que representam grande parte do setor privado do Sri Lanka, pediram uma mudança de governo, estimando que milhões de postos de trabalho estejam ameaçados pela crise.
* AFP