O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, anunciou nesta sexta-feira (22) que mais de 15.000 membros de gangues, ou "pandilleros", foram presos em quase um mês, no âmbito de uma ofensiva permanente da polícia e das Forças Armadas para controlar o aumento de homicídios.
"Mais de 15.000 terroristas ('pandilleros') capturados em apenas 27 dias. Continuamos a Guerra Contra 'Pandillas'", tuitou o presidente.
A Polícia informou que capturou 484 membros de gangues na quinta-feira (21), e 15.055, desde o início da ofensiva, em 26 de março passado. Trata-se de um número sem precedentes nos últimos 30 anos neste país centro-americano.
El Salvador sofre com a violência da Mara Salvatrucha (MS-13) e do Bairro 18, entre outros grupos, que somam 70.000 membros. Destes, 31.000 estão presos.
"91% dos salvadorenhos apoiam a Guerra Contra Gangues promovida por nosso governo", disse Bukele, com base em uma pesquisa publicada ontem pelo CID Gallup.
Bukele declarou guerra às gangues, após o assassinato de 87 pessoas entre 25 e 27 de março, crimes que as autoridades vincularam às ações desses grupos criminosos.
A pedido do presidente, o Congresso, controlado pelo partido da situação, decretou um regime de exceção em 27 de março, o qual permite prisões sem necessidade de mandado judicial, e uma reforma para punir os membros de gangues com até 45 anos de prisão.
Organizações de defesa dos direitos humanos denunciaram a detenção de pessoas inocentes nas operações de busca e apreensão realizadas em todo país.
* AFP