A transição da Jamaica para um regime republicano é "inevitável" - declarou seu primeiro-ministro, Andrew Holness, por ocasião de uma visita do príncipe William, marcada por manifestações que denunciam o papel do Reino Unido, antiga potência colonial, no tráfico de escravos.
"É inevitável que avancemos para uma república para responder à vontade do povo da Jamaica e à nossa ambição de nos tornarmos um país independente, desenvolvido e próspero", tuitou o primeiro-ministro.
Os comentários de Holness foram feitos no momento em que o príncipe, segundo na linha de sucessão ao trono britânico, transmitiu a "profunda afeição" de sua avó, a rainha Elizabeth, pela Jamaica.
Independente e membro da Commonwealth desde 1962, a ilha é uma monarquia constitucional. Sua chefe de Estado é a rainha Elizabeth II, que acaba de completar 70 anos no trono.
Colonizada pelos espanhóis após a chegada de Cristóvão Colombo, a Jamaica passou, em 1655, para as mãos da coroa britânica, que usou a escravidão para desenvolver a economia da ilha.
"A escravidão era desprezível e nunca deveria ter acontecido", disse o príncipe William, em um jantar oferecido pelo governador-geral jamaicano, Patrick Linton Allen, representante da rainha.
Na sequência, o duque e a duquesa de Cambridge devem viajar para as Bahamas.
* AFP