Um apresentador de rádio pró-democracia de Hong Kong foi condenado nesta quarta-feira (2) por uso de linguagem sediciosa, com base em uma lei da era colonial que as autoridades locais utilizam contra a dissidência na cidade.
Tam Tak-chi, de 49 anos, é mais um ativista indiciado por sedição, uma acusação que os promotores retomaram após as grandes, e às vezes violentas, manifestações pró-democracia em 2019.
O julgamento de Tam é o primeiro desde que Hong Kong voltou ao controle da China em 1997 no qual o acusado de causar "desordem política" se declarou inocente e teve que enfrentar o processo.
Dois casos anteriores foram arquivados depois que os acusados se declararam culpados.
A condenação de Tak abre um precedente para outros casos de sedição pendentes nos tribunais de Hong Kong.
Conhecido como "Fast Beat", Tam tinha um talk show online que apoiava o movimento pró-democracia e criticava o governo.
Ele participava com frequência nos protestos e usava um megafone nas ruas para fazer discursos políticos.
Os promotores se concentraram nos discursos de Tam nas ruas. Ele foi condenado por sete acusações de "pronunciar palavras sediciosas" e outras acusações, que incluem conduta desordeira e desacato à polícia.
As autoridades acusam Tam de incitar o ódio por gritar o lema dos protestos, "Libertar Hong Kong, a revolução do nosso tempo" 171 vezes, criticar a polícia 120 vezes e gritar repetidamente "Abaixo o Partido Comunista".